quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Uso pedagógico das planilhas eletrônicas

 Uso pedagógico das planilhas eletrônicas
O computador pode ser utilizado na educação de várias formas. Ele pode ser objeto de estudo, pode ser utilizado como máquina de ensinar ou pode ser um objeto de construção do conhecimento.
O sucesso das planilhas eletrônicas no ambiente de microinformática, deve-se a um fato elementar: elas possuem uma metáfora de registro de dados muito comum no dia-a-dia de nossas anotações. Em outras palavras, parece como “nossa forma natural” de fazer pequenos registros de dados para nosso processamento individual. Podemos pensá-la como um caderno eletrônico, no qual podemos anotar dados e fazer continhas.
O paradigma de representação de conhecimento é o de uma coleção de células de dados, onde podemos descrever o conteúdo desejado. Esta descrição pode ser através de constantes ou de expressões tais como as expressões aritméticas que já fazem parte de nossa linguagem natural (ou pelo menos deveria fazer, dado que nosso convívio com elas vem desde as primeiras séries). Nas expressões, podemos usar tanto valores como conteúdo de outras células, para tanto fazemos referência a estas células, através de um “nome”. As células em uma planilha, são dispostas em forma matricial, ou seja em linhas e colunas. Isto lhes garante um nome natural, ou seja formado pelo “nome” da coluna e do “nome” da linha. Nada impede entretanto que se dê nome específico a uma dada célula. O contéudo de uma célula, seja ele descrito por uma constante ou por uma expressão, pode ser de variados tipos, tais como: número, moeda, texto, data e outros.
Normalmente as planilhas são utilizadas para descrição de “coisas” de natureza contábil, ou apenas para registro de dados pouco voláteis. Entendemos que o modelo de conhecimento nela embutido permite muitas outras formas, as quais, pela sua origem, deixam de ser exploradas. O que marca profundamente a linguagem para descrição de células, é a possiblidade de se descrever “critérios”. Como sabemos, grande parte do que aprendemos está associada com a noção de domínio de regras de como fazer as coisas. Em outras palavras, explorando um dado universo de conhecimento, praticando com seus componentes, objetos e operações, acabamos por “descobrir” (ou redescobrir) regras de uso. É aqui que entra a habilidade da planilha para representar este conhecimento. Queremos descrever um objeto em função de outros conhecidos, não sabemos exatamente como ele é, mas sabemos a regra que o descreve. Escrevemos uma expressão e a planilha “computa-o” para nós.
A descrição de uma regra é feita através de um critério. Este critério permite que se descreva então expressões condicionais. Indicamos sempre três elementos: o critério, a descrição do objeto para o caso em que o critério é satisfeito e ainda a descrição do objeto nos casos em que o critério não é satisfeito.
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/material_mec/eixo1/educacao_TCI/credine/textos_complementares/planilha.pdf

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